WebBlog criado para difundir e socializar idéias, projetos e conteúdos entre professores do ensino fundamental e médio, sobre utilização de tecnologia no dia-a-dia da sala de aula.
Hoje trazemos uma indicação divertida, porque todo mundo merece e vai ajudar a esperar as férias que estão chegando!! Ou mesmo pra maratonar quando o recesso começar!
É uma série estilo sitcon da Netflix chamada Professor Iglesias!
O protagonista é um simpático professor de História chamado Gabriel Iglesias que é o nome real do humorista e roteirista que interpreta o personagem; também chamado de Gabe, ele dá aulas de História na mesma escola onde estudou de uma forma divertida e pouco convencional além de viver tentando proteger os alunos do vice-diretor que quer expulsar os estudantes de menor rendimento escolar, pois com as médias escolares maiores a especulação imobiliária aumenta os valores dos imoveis no entorno da escola e valoriza a região. Aliás o cenário é uma escola pública de Long Beach, então a presença de latinos tanto no elenco quanto nas sacadas é constante. Digo sacadas porque as vezes não são piadas e sim críticas, ou referências a situações políticas, étnicas ou culturais, que estão sempre inseridas no contexto dos episódios.
Gabe dá aula na mesma escola que estudou, inclusive o
personagem do ator RICHARD GANT, o mais velho da foto, foi professor do professor Iglesias
Os alunos estão sempre tentando se superar para não serem expulsos
pelo vice diretor!
Existe o núcleo dos alunos, que trazem uma aluna nerd que tem dificuldades em se comunicar, a aluna estudiosa que trabalha em 3 empregos, às vezes até na aula, e tem aqueles que a gente chama de "turma do fundão".... apesar de na sala do professor gabe a organização das cadeiras é bastante diferente!
Fazem parte do núcleo principal também outros professores que juntamente com a Diretora e o Vice,juntos na sala dos professores ou na direção , nos fazem rir e muitas vezes nos identificar com as situações, todas cômicas.
É um humor leve, inteligente e totalmente dentro do contexto da nossa profissão, sim eles falam dos nossos baixos salários, das dificuldades que temos e ainda nos fazem dar risada disso tudo, ao menos até a próxima greve.
Grande abraço e deixe nos comentários sobre o que você achou da série!!
Você sabe que o Brasil é um país de dimensões continentais, né? E que aqui temos diferentes dialetos de falar dependendo do estado da nação! Um dialeto é uma forma diferenciada específica de uma região ou grupo, em relação ao conjunto do idioma!
Já é divertido tentar entender e muitas vezes "decifrar" o que alguém de uma região diferente da sua está dizendo. Por exemplo verificar as diferenças de um falante de português em SP e outro falante que é de Alagoas! Agora imagine perceber essa mesma diferença em outros países do mundo?
Qual a diferença do Frances falado no Canadá e aquele falado na Costa do Marfim?
Clicando no mapa do Brasil por exemplo,
você pode escutar a diversidade de "sotaques"
A ideia parece ótima não é? Não só para professores de Língua Portuguesa, mas de outras matérias e principalmente para professores de idiomas!! Pois é, a ideia surgiu de um cara chamado David Ding, ex-engenheiro de softwares da Microsoft, que criou um site chamado "Localingual"! Ele criou o site que possui um mapa interativo onde pode-se ouvir frases faladas por pessoas de inúmeros lugares do mundo e o mais legal, o mapa é editável! Ao clicar em alguma região no mapa, o usuário recebe diversas opções para escutar os diferentes dialetos daquela região e até de compará-los com as pronúncias de outras localidades!
Você vai encontrar as frases escritas geralmente em inglês e no idioma que está procurando, e clicando no boneco escutará a pronúncia!!
O site já conta com mais de 20 mil gravações de usuários do mundo todo, mas ainda existem diversas localidades sem nada no registro, então quem sabe não seja aí da sua "quebrada"!?
Se você tiver uma ideia para um plano de aula utilizando essas informações por favor não deixe de deixar escrito nos comentários abaixo aqui no blog! Desejamos a todos os professores e professoras boas férias, bom recesso ou simplesmente um ótimo mês de Julho para quem vai continuar na luta!!
Como prometido, uma vez por semana postaremos um review sobre algum filme sobre docência.
Acabamos de assistir, depois de alguns muitos anos, o filme Mentes Perigosas. Impressionante como as experiências que agregamos durante anos de docência, nos fazem pensar diferente.
O filme retrata a vida , as dificuldades e conquistas de uma professora que trabalha com adolescentes à margem da sociedade.
A professora (Michelle Pfeiffer) se interessa por suas realidades, que através de conteúdo significativo tenta envolver seus alunos para que tenham prazer em aprender, os conflitos, a burocracia . São tantos temas trabalhados que valeu a pena rever. A burocracia da Direção, o contato quase sempre difícil com os pais, a necessidade de sair da escola pra trabalhar ou pela gravidez.... são assuntos que aparecem e mostram o quão profunda é nossa relação com os alunos...
O filme é bastante idealista mas não é utópico. Todos nós na nossa carreira, temos exemplos para contar de alunos que conseguimos atingir, que conseguimos motivar. Mas ao final minha mente me levou para além dessa questão. Me perguntei: Será que é esse nosso papel quanto educadores? Será que precisamos nos envolver tão pessoalmente com as questões vivenciadas pelos nossos educandos? Será que dá pra ter um relacionamento estritamente profissional ?
A condição social, familiar, psicológica de nossos alunos interferem sempre no processo de ensino/aprendizagem. Muitas vezes conhecer as causas da indisciplina, da dificuldade em aprender nos ajuda a intervir.
O fato é que alheios nós nunca ficamos, mas quanto desgaste isso nos trás não é?
A realidade muitas vezes violenta que enfrentamos nos desmotiva, nos marca profundamente. Até que ponto podemos e devemos intervir? Será que temos consciência de que não temos a responsabilidade de salvar ? Não foi para isso que estudamos e nos formamos mas acabamos sendo também envolvidos pela mesma realidade que vitima nossos alunos, e a mesma que faz alguns deles serem violentos. Nos encontramos todos na mesma sala de aula.
O fazer docente de quem trabalha em regiões periféricas tem uma complexidade diferente, o currículo oculto, as experiências, dificuldades e impossibilidades enfrentadas pelos alunos afetam nosso trabalho e por vezes a nós mesmos e é comum fazermos o papel de assistentes sociais, psicólogos, única figura de autoridade para a criança ou adolescente. E quanto isso nos custa?!
Bem, sendo assim, penso que devemos nos valorizar ainda mais. Nosso trabalho é complexo, rico de energia empregada e conseguimos fazer muito com tão pouco que nos dão de recursos.
Parabéns professor e professora. No meio de toda essa desigualdade, ausência de possibilidade e de vontade política de fazer com que a educação e educadores sejam valorizados pelo essencial serviço que prestam a sociedade. Em meio a tudo isso, ainda conseguimos brilhar, realizar. Imagine se nos dessem mais!
Nós que somos professoras e professores,concordamos que nossos alunos precisam ler. Mas como influenciá-los a ler em meio a um mundo com tantos estímulos tecnológicos?
E se conseguirmos aliar a leitura com esse universo tec? Vamos lá para as sugestões?
1 - Esqueça um livro
Esse projeto tanto eu quanto a Denise já realizamos e é baseado na campanha “Esqueça um livro e espalhe conhecimento” que viralizou em diversas cidades brasileiras. Nossos alunos também participaram. Criamos uma página no facebook e um nome para nosso projeto, tudo em conjunto com os alunos. Escrevemos um texto padrão, explicando o projeto, e que o objetivo era incentivar a leitura . No final do texto , pedimos que quem encontrasse o livro ,escrevesse na nossa página do facebook onde encontraram o livro, o que acharam da leitura e após a leitura onde o leitor pretendia esquecer o livro para que um próximo pudesse ter acesso.
Por fim, saímos com os alunos a “esquecer” os livros. Foi super divertido , mas o melhor foi receber as respostas de quem havia encontrado algum livro.
Os alunos ficaram super contentes com o reconhecimento das pessoas que encontraram os livros. Ficamos até mais ambiciosos, queríamos construir um mapa interativo com os lugares e títulos de livros que ali poderiam ser encontrados. Mapear toda a região e os leitores que encontraram e também esqueceram. Essa parte não deu tempo de fazer, mas vale a dica.
2 - Desafio dos 40 livros
A ideia é baseada nos livros da professora Donalyn MIller, que já tem vários livros publicados sobre como incentivar a leitura. Se trata de pegar uma folha e fazer uma tabela numerada onde o aluno vai colocar em cada linha o nome do livro que acabou de ler, uma micro resenha sobre o livro e dar uma nota, que pode ser números ou estrelinhas e etc., a tabela pode ser feita no Excel...
Aí esse desafio deve durar um ano, ou um semestre, depende aí da sua realidade. A professora Miller nos encoraja a tocar a atividade sem vincular a nenhuma avaliação.
Já ouvi relatos de professores que não vinculam o desafio a notas, trabalhos ou relatórios, estes acreditam que funciona melhor quando o aluno não se sente coagido a ler, e compreende o valor real da da leitura.
Existem docentes que preferem atrelar a leitura a algum tipo de avaliação, pois acreditam que vai incentivar mais alunos. A parte negativa é que vai gerar mais "colas" para conseguir a nota e isso acaba marginalizando a importância real da leitura, priorizando a nota, que não vai refletir em um avanço realmente positivo.
Outra coisa, ela deu a ideia de 40 livros para leitura em um ano, mas você pode se adaptar à sua realidade, com mais ou menos leituras!!
3 - Leia apenas um trecho
Sobre o livro que você pretende adotar, selecione uma parte que possa refletir o tema que você quer abordar ou até a parte mais emocionante da publicação. A Denise fez isso esses dias quando daria uma aula sobre o Irã, ela usou o quadrinhos Persépolis e deu muito certo.
Pode ser um capítulo ou só um pequeno trecho da publicação, algo mais impactante.
Ajuda também se a publicação for na internet, pode ser por exemplo um trecho de uma publicação no Wattpad, ou um artigo de alguma publicação conceituada.
4 - Faça os alunos recomendarem os livros
Sabemos que um dos nossos trunfos com educadores é fazer com que o estudante , a estudante se sintam parte fundamental do processo . Pensando nisso indicamos projetos de recomendação de livros. Estudantes podem gravar vídeos, escrever blogs, páginas no face, enfim, você pode utilizar qualquer canal de divulgação para incentivá-los a compartilhar suas experiências e ao mesmo tempo incentivar outras pessoas a lerem.
Você pode simplesmente separar um tempo da sua aula para isso, ou combinar com os alunos um dia específico.
Veja aqui um exemplo dessa atividade com os alunos da Escola Estadual Professor Miguel Omar Barreto
Para essa atividade de recomendar livros, você também pode organizar um podcast com indicações e resenhas de livros. Pode ter uma publicação semanal, ou até mesmo diária.
Uma outra dica muito legal para recomendar livros é utilizar cartazes pela escola, cartazes virtuais e QR Codes!! Cartazes com a montagem tendo como referência a temática da publicação que está sendo recomendada, juntamente com um convite para ler o livro. Nos cartazes eles explicarão para os outros alunos o motivo pelo qual o livro merece ser lido.
Lembre-se que os cartazes também podem ser feitos por alunos de diferentes turmas, se forem do mesmo livro ou publicação!
5 - Crie concursos
Escolha um tema, leia um texto relacionado. Crie um clima interessante e faça um concurso de escrita. Pode ser um concurso literário, ou um concurso de desenhos, de músicas ou de paródias!! Se for apresentado para toda a escola ou alcançar mais pessoas, será ainda melhor!
Poste os textos em uma rede social ou blog e depois faça uma votação.
Pode ser online, quem tiver o maior número de curtidas e comentários ou você pode colocar uma urna e cédulas para que os alunos votem. Garanta que tenham lido os textos, coloque - os em cartazes com fotos dos autores, distribua cópias para que os estudantes leiam, enfim, esse planejamento fica a seu critério colega.
6 - Use as mídias sociais
Hoje os adolescentes estão muito expostos a uma grande quantidade de informação que passa de forma muito efêmera pela realidade de cada um. O tempo do rolar pra baixo a tela do facebook no celular é suficiente pra muita informação, mas podemos encontrar locais onde existam textos mais elaborados. Como é o caso do Wattpad, uma rede social onde os jovens escrevem verdadeiras novelas, e tem milhares de seguidores. Já tive vários alunos que escreviam no app. Clique aqui e conheça mais.
Você pode fazer aquela leitura de trecho de alguma obra escrita no wattpad por exemplo, ou de outro aplicativo que os alunos indicarem.
Se for usar facebook ou twitter, encontre as páginas oficiais de instituições de ensino e pesquisa, ou as mais confiáveis dentre aquelas que atendem ao seu conteúdo! Encontre também as páginas das editoras de livros, pois assim os alunos terão acesso à trechos de lançamentos de livros e podem até ganhar descontos..
7 - Apresente sites de recomendação de livros
Vale também visitar com eles em alguma aula no laboratório de informática alguns sites de recomendação de livros, existem muitos, a maioria é gringo, mas geralmente dá pra usar tranquilamente com o tradutor do navegador
O primeiro é Biblionasium que é um site bem agradável e serve justamente para pequenos leitores compartilharem suas indicações de livros.
Tem também o GoodReads, que é praticamente uma rede social de leitores que compartilham impressões e recomendações sobre as leituras!
E tem o Skoob, que é o único brasileiro que conheço neste segmento, mas é muito bom e tem muitos títulos que podem ser familiar aos seus alunos!! É também uma rede social de leitores.
É interessante também mostrar a eles e elas que existem canais de youtube só de recomendações de livros, muitos não tem noção de que existe algo assim. É com certeza mais uma porta aberta para o caminho do hábito da leitura. Clique aqui e conheça pelo menos 25 deles.
8 - Leitura ao Pé do Ouvido - Rodas de Leitura com Crianças menores
Escolha um tema, literatura africana, lendas, contos ,enfim, escolha com sua turma. Vá até a biblioteca da escola, se não tiver, vale uma visita a biblioteca mais próxima. Selecione os textos, disponibilize aulas para que os estudantes se apropriem dos livros infantis, discuta com eles as mensagens explícitas e implícitas. Garanta que vejam os detalhes das ilustrações.
Assista com seus alunos vídeos de contação de Histórias. Há muitos no youtube. Diga para que reparem na entonação da contadora ou do contador, na postura e nos objetos que utilizam. Peça para que seus alunos ensaiem para contar historias para crianças menores.
Faça parcerias com colegas do Fund I , crie um ambiente agradável e diga a seus alunos adolescentes para que leiam livros para as crianças. Esse projeto foi criado por uma professora Incrível chamada Cidália, da Emef Fagundes Varella em São Paulo.
9 - Use quadrinhos
Histórias em Quadrinhos são ferramentas fantásticas pra incentivar a leitura. Tem linguagem escrita e visual, facilita o entendimento por conta da fácil contextualização, tem inúmeros temas que podem ser utilizados e são facilmente editáveis.
Histórias em quadrinhos são indicadas para todos, desde Fund I até EJA, ensino de idiomas, técnico e etc..
Pesquise junto aos alunos os quadrinhos que eles conhecem atualmente, traga alguns que você tenha ótimas referências. Pode ser um que aborde mesmo que indiretamente algum conteúdo programático, ou pode ser só uma inspiração para alguma atividade.
Hoje em dia é possível escrever um livro digital, ou eBook com um simples powerpoint! Existem diversos recursos digitais que facilitam essa tarefa e ela também pode ser cumprida com alunos das séries iniciais e mais velhos.
Você pode pedir que salvem algum conteúdo durante um ano, ou durante um bimestre mesmo, e que ao final do período determinado virará um ebook que pode ser compartilhado com outras turmas, com os pais, cou outras escolas...