Noções de privacidade na web

        Como prometido no último post, vamos falar neste texto sobre as noções de público e privado de nossos alunos nas redes sociais.
      Nas últimas décadas tem ocorrido uma desestabilização destes dois conceitos. As características do mundo digital bagunçaram o entendimento coletivo do que é público e do que é restrito e privado.
      Temos hoje exposições de problemas, discussões, ofensas pessoais, provocações, tudo isto acontecendo simultaneamente nas redes sociais.
      Muitas pessoas não entendem bem esta nova relação entre individuo e exposição. O que queremos deixar claro é que concordamos com o artigo 5 inciso X da constituição Federal que assegura ser invioláveis a privacidade, a honra e a imagem das pessoas. Também compreendemos que é de responsabilidade do individuo de acordo com seus ideais, vivencias e intencionalidades escolher o que de sua vida deve ser divulgada, compartilhada e curtida nas redes sociais.
        Mas será que não cabe dentro deste tema uma discussão ampla sobre as consequências de se expor?
       Entendemos que sim e no começo deste ano realizamos algumas atividades com os alunos a esse respeito.
       Nosso tema gerador (tema de acordo com o currículo exigido para o 9 ano) era a Revolução industrial, para compreendermos as transformações ocorridas devido ao avanço tecnológico entre o século XVIII e XIX procuramos mapear com os alunos quais tecnologias eles utilizam para se comunicar. Depois deste processo, fizemos o exercício de investigar quais eram os meios de comunicação no período estudado e se eles eram acessíveis.
        Tentamos imaginar se havia a possibilidade de se exposição, de comunicação tão facilmente como temos hoje, chegamos à conclusão de que nosso momento histórico também é único e que as novas tecnologias nos trazem muitas possibilidades positivas e negativas.

      Neste ponto paramos e discutimos a respeito dos aspectos positivos e negativos proporcionados pelas redes sociais. Separamos algumas charges para os alunos analisarem e opinarem:
Algumas questões norteadoras foram propostas para que a discussão fluísse sem fugir do foco e para nossa surpresa constatamos que a maioria dos alunos está a par desta discussão e possuem opiniões formadas a esse respeito. Em seus post, mesmo aqueles que possuem um conteúdo que evidencia problemas pessoais, conflitos com outras pessoas, opiniões indiscretas, em cada um destes posts existe uma intencionalidade concreta.
        Há também uma responsabilidade maior em se preservar de assédios, eles se preocupam com a questão da pedofilia por exemplo. Longe de forcarmos os educandos a se enquadrarem em noções de privacidade de gerações anteriores, nossa discussão foi enriquecida por opiniões divergentes, por alunos que possuem claro objetivo de ficar famoso na internet, por um grupo minoritário que nem mesmo foto posta, por aqueles que decidem expor apenas momentos felizes e por outros que não veem problema algum em publicar decepções, tristezas, términos de relacionamento.
       
Ótimo assunto para um artigo de opinião nas aulas de português, analise da evolução da tecnologia nas aulas de historia, mapeamento das formas de comunicação ao redor do mundo nas aulas de geografia, na influencia da tecnologia na produção artística nos esportes. Enfim, o tema gerador pode ser de acordo com a criatividade e conteúdo trabalhado por cada professor, as discussões são relevantes e esclarecedoras. Tente você também e compartilhe conosco sua experiência.


Até a próxima.
por Denise Desiderio

Boa convivência nas redes sociais

Olá professor e professora!
      Temos sempre tratado sobre temas relevantes para discussão e uso na internet e nas redes sociais. Hoje porém abordaremos um assunto, diga-se, oposto. Falaremos sobre o que não devemos fazer como cidadãos, mas principalmente como professores nas redes sociais.
       O Facebook por exemplo tem hoje mais de 1 bilhão de usuários e a quantidade de informação que circula por aí(seja verdadeira ou falsa) é incalculável. Além disso ela pode dizer muito sobre nós, nossos gostos, hábitos e opiniões, mas cuidado para não acabar incomodando e sendo indiscreto.

       Todos somos responsáveis pelo conteúdo que publicamos e devemos lembrar que quando o fazemos, é como se estivéssemos numa grande sala de convivência e como tal, sempre devemos levar em consideração certos hábitos de etiqueta social. Além do fato de que nosso comentário ficará lá exposto por muito tempo, talvez daqui a alguns anos você o veja novamente e neste caso, será que terá a mesma mentalidade?

      Professores devem ter mais cuidado ainda, caso ele opte por adicionar alunos e pais principalmente. Lembramos que o professor ou professora não tem a obrigação de adicionar como amigo o aluno para que alguma atividade seja feita, o professor pode criar páginas e grupos no Facebook para que todos os interessados possam interagir sem a necessidade de um adicionar o outro.
       Assim é sempre bom ter em mente duas variantes muito importantes quando o professor for usar a rede social, inclusive em atividades; a primeira é a segurança online, assunto sobre o qual faremos um novo post em breve, a segunda é sobre conteúdo postado e compartilhado. Listamos alguns itens que devem ter sempre a atenção do professor enquanto utiliza uma rede social.


        A primeira coisa com que minha mente de Historiador implica é com as fontes; a internet é um recurso inesgotável de informações e o professor deve ficar muito atento para a veracidade e confiabilidade dos dados e fontes com os quais vai articular sua atividade. Assim como deve ficar atento ao compartilhar informações no seu Feed de notícias que possam ser somente boatos ou fakes.
       Religião também é um assunto controverso, e que deve ser debatido sobre certas luzes que ainda não são possíveis através do ambiente virtual para o professor, portanto o assunto deve ser tratado com cautela. Assuntos políticos partidários talvez devam ser tratados com cautela semelhante.
      Os convites para curtir jogos e páginas devem ser também bastante direcionados, é deveras incomodo ficar recebendo convites não solicitados e caso a página ou jogo em questão não faça parte de alguma atividade programada, a atitude pode resultar na perda de credibilidade e confiança.
        Confissões pessoais devem ser evitadas sempre, pois por mais que a rede social seja um local de coexistência e as noções de privacidade tenham se alterada nesta ultima década, não é inteligente postar problemas de ordem pessoal que possam evidenciar crises de relacionamento ou que exponham conflitos em sala de aula. Pode parecer óbvio, mas não é. Bastam apenas alguns minutos lendo as postagens no seu Feed para localizar muitas pessoas que cometem essas gafes.
      Estamos preparando para o próximo post um material rico em informações para discutirmos este assunto com alunos em sala de aula.
Ate o próximo.

Instagram e a boa utilização das imagens

         Mais uma rede social em crescimento vertiginoso. E basta utilizá-la por 5 minutos e sabe-se por que.
         O Instagram tem algumas especificidades. Por exemplo a  de ser uma rede social onde compartilha-se somente fotos e seus respectivos comentários.

         Outra característica interessante é que só é possível fazer parte da rede se você possuir um aparelho com sistema operacional Android ou IOS.
         Para um professor, a utilidade é o próprio uso da fotografia para ilustrar os temas de suas aulas. Dessa forma a aula vai estar muito mais próxima do aluno e o aluno vai praticamente criar conteúdo, fazendo com que ele realmente seja construtor do seu conhecimento.  Eis alguns exemplos:
         Um professor de geografia pode pedir para que seus alunos postem fotos de tipos de relevos, ou especificidades geográficas pertinentes. Um professor de física pode pedir fotos de situações reais do dia-a-dia que façam referência à fórmulas da Física, por exemplo, tornaria assim muito mais real uma aula que geralmente é bastante abstrata. Assim como um professor de biologia poderia trabalhar infinitos temas com alunos que trouxessem imagens sobre ecossistemas, por exemplo.
         Em História podemos trabalhar patrimônio Histórico e também história local, quem sabe levantando fotografias do entorno do colégio através dos anos.
         Professores de Português podem trabalhar exemplos de suas aulas teóricas, como pedir para que alunos tirem fotos de palavras paroxítonas(por exemplo) pelas ruas;  ou que trabalhassem interpretação de texto com fotos de propagandas ou textos trazidas pelos próprios alunos das ruas.
As opções de atividades são ilimitadas, os professores podem também conversar com a turma para ideias mais afinadas com o cotidiano escolar.
          E se a proposta for trabalhar com temas interdisciplinares, a atividade pode ficar ainda mais divertida com assuntos sobre movimentos da juventude atual: skate, musica, dança, estilo, tribos, a importância da fotografia e da imagem para os dias atuais, entre muitos outros.
E pra finalizar vale a pena para todos os professores e professoras aproveitarem as imagens de grandes instituições que também já aderiram às redes sociais. Grandes museus, coleções e outras instituições que tem muito à oferecer liberando imagens de suas coleções, já o fizeram.
           Visite este site e veja algumas das contas mais interessantes que existem, e aproveitem para não sair do site sem preparar uma aula
Você já usou? Vai usar??

Comente e compartilhe conosco!!

Prezi

        Bom, como já fizemos um post sobre o PPT, decidi fazer este com o Prezi, uma outra ferramenta de apresentação ainda mais fantástica que o PPT e que vai deixar seus alunos ligados na sua aula!!
         O Prezi é uma ferramenta de apresentação criada em 2008 na Hungria(isso mesmo!) como uma variante para apresentações corporativas. A principio foi criado como uma plataforma online gratuita baseada em nuvem, mas hoje em dia pode ser baixado para os computadores domésticos, sendo que esta segunda opção é paga.
        Basicamente a tela de trabalho do Prezi é como se fosse uma grande mesa branca onde você insere suas imagens, arquivos, textos e etc, determinando a ordem em que vão aparecer e qual parte vai aparecer. A ordem em que as imagens serão mostradas é escolhida por você e é como se fosse um caminho que vai se  seguindo dentro da tela, você pode escolher também qual parte da imagem vai ser dado o ZOOM, e é assim que você vai fazendo a transição das imagens.. 
         A grande sacada do Prezi é usar o ZOOM de maneira a fazer a audiência passear pela sua apresentação sem estar preso a slides e a sequências lineares. Segue um prezi autoexplicativo.

         Você pode inserir um fundo próprio ou usar um dos centenas que são disponibilizados. Também não requer muito tempo de aprendizado para começar a construir apresentações bacanas. Claro que tem os macetes e as dicas avançadas, mas a dificuldade no geral é baixíssima.
          Em pouco tempo, estaremos disponibilizando um curso rápido de prezi em nosso canal do youtube. 
          O próprio site tem alguns tutoriais para professores, utilize seu navegador para traduzir a página. Dê uma olhada:
Conheça o Prezi para Educadores.
        É isso, nada mais vai te mostrar melhor o prezi do que ter sua própria experiência. Clique na imagem abaixo para ser direcionado para o site do prezi. Basta fazer uma inscrição simples e depois disso o login.


           Não esqueça de compartilhar conosco suas experiências!!


Jogar aprendendo ou aprender jogando!?

         
Essa é mais uma escola que aposta no lúdico para trabalhar a construção do pensamento através de atividades pedagógicas. Porém esta escola foi criada baseando-se completamente na ideia de jogos..
         Se trata de uma "Escola Pública Experimental" na cidade de Nova York chamada Quest To Learn(conhecida na internet por Q2L), ou busca para aprender. Um caso bem peculiar, a escola começou a ser planejada a partir de 2007 com a união de grupos como a Fundação McArthur e a Fundação Bill Gates juntamente com uma ong chamada Institute of Play, organização criada por desenvolvedores de jogos digitais para trabalhar exclusivamente o potencial dos jogos sobre a educação.
        Por dois anos os currículo e a grade da escola foram planejados para que fossem utilizados somente jogos no processo de aprendizagem. As matérias como conhecemos foram inseridas em eixos que norteariam o processo de aprendizagem a partir de moldes de jogos.

       Como?
     Cada aprendizado é como se fosse uma fase, com etapas para cumprir, inimigos a derrotar e obstáculos a transpor.
     A cada período de dez semanas, os jovens passam por aprendizados baseados em jogos criados pelos professores. Uma jogo de Historia por exemplo poderia se passar na segunda guerra onde o aluno deveria tomar decisões relativas à política, comércio e diplomacia. Jogos de matemática podem ser mistérios relativos à quadros que envolvem vários cálculos usados pelos pintores de várias épocas.

     Ao final das fases, nas duas últimas semanas do ano vêm as fases dos chefes, onde os conhecimentos serão postos à prova em uma modalidade de avaliação extremamente diferente do que estamos acostumados.
     Para derrotar os "Chefões", os alunos são incentivados a construir conhecimento baseado nos conceitos teóricos e aprendizados práticos adquiridos nas fases anteriores. Nesta fase é necessária pesquisa e todo o processo é acompanhado por uma banda de professores que faz a avaliação final. Em caso de aprovação, o aluno pula de estágio, ou seja, passa de ano.

       
A escola utiliza tanto jogos digitais como jogos de tabuleiro ou ainda jogos inventados pelos alunos. A forma de avaliação também é regulamentada com a aprovação dos estudantes, que podem inclusive alterá-la caso encontrem forma mais eficaz.

Interessante, não??